Hormônio na carne de frango? A realidade por trás dessa história
Frango tem hormônio?
A utilização de hormônio no processo de produção do frango é mito. Não é usado nenhuma substância química nos aviários no Brasil. Mas como surgiu esse pensamento?
No início dos anos 1970, a corrida espacial impulsionou um avanço nos estudos de hormônios para ganho de peso e havia pesquisas com aves. Em uma entrevista com o Dr. José Evandro Moraes, zootecnista do Instituto de Zootecnia (IZ) da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) ele afirmou que “Embora os testes não tenham sido feitos somente com a espécie, as pessoas passaram a acreditar que os frangos para alimentação eram criados a base de hormônios”. Esse pensamento foi fortalecido décadas depois quando os avanços tecnológicos e científicos contribuíram para a aceleração da produção na avicultura “Até os médicos começaram a acreditar que o desempenho era atribuído a hormônios e orientavam os pacientes a evitar frangos”.
A função do hormônio seria para acelerar o crescimento do frango, utilizando uma proteína chamada GH, porém além de ser altamente custoso precisando de uma dose diária em cada ave é prejudicial à saude do consumidor, sendo proibido a utilização pelo governo brasileiro desde 2004.
Graças ao avanço da tecnologia foi possível diminuir o tempo de abate chegando a 42 dias todo o processo. Para isso fazem uso de protocolos de sanidade, programas de nutrição, manejo de qualidade e uso de genética específica e padronizada. Segue abaixo uma tabela da cadeia produtiva da carne de aves.
Bibliografia:
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo. Hormônio na carne do frango: um mito a ser esclarecida à população. São Paulo, Maio, 2019.
Embrapa. Qualidade da carne de aves. Brasília, 2020
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