STAPHYLOCOCCUS AUREUS E SEUS IMPACTOS NO LEITE

Por GETIPOA 

fonte: https://www.biomerieux-industry.com/pt/pharma-healthcare/resources/pharma-microorganisms-library/2020-03-02-prevention-and-control

O leite, por ser um alimento rico nutricionalmente, quando cru, ou seja, sem passar por nenhum método de resfriamento ou aquecimento, pode ser o local de cultura adequado para alguns microrganismos, dentre eles se destaca o Staphylococcus aureus, bactéria gram positiva, sendo uma das mais prevalentes causadoras de mastite (inflamação da glândula mamária) em rebanhos bovinos no mundo (CARVALHO et al., 2018).

Essa bactéria é considerada mesófila, ou seja, se reproduz em temperatura ambiente, mas já foi registrado seu potencial de resistência a temperaturas altas como as utilizadas para o processo de pasteurização (DAI et al., 2019).

Além de ser um importante causador de mastites, o S. aureus também é capaz de produzir toxinas que podem causar doenças gastrointestinais em seres humanos após a ingestão de alimentos contaminados. Essas intoxicações costumam não ser graves havendo sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, porém depende muito do sistema imune de cada indivíduo em que poderão haver quadros mais severos (BALABAN E RASOOLY, 2000). 

Mas como o S. aureus pode chegar no leite? O Staphylococcus aureus pode estar presente na glândula mamária das vacas das quais o leite é extraído como também em equipamentos de ordenha e outros fômites mal higienizados, sendo o ser humano um importante veiculador desse agente (FONSECA & SANTOS, 2001).

Além disso, esse patógeno possui cepas resistentes a antimicrobianos, podendo ficar alojado no úbere de vacas por bastante tempo causando mastites subclínicas (SOUZA, REIS & PIMENTA, 2005). 

O leite é um alimento altamente nutritivo, sendo associado a uma dieta de qualidade, apresentando uma variedade nutricional para crianças e adultos, sendo recomendado por médicos e nutricionistas em todo o mundo (RENHE, 2008). Cabe a nós como consumidores avaliarmos a procedência dos produtos que adquirimos, optando por alimentos contendo o selo de inspeção que garantem segurança alimentar e boa procedência a quem os ingere. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, A.S. et al.. Susceptibilidade de Staphylococcus aureus isolados de leite cru a antibióticos comerciais. Ciência Animal Brasileite, v.19, p. e-47159, 2018. 

BALABAN, Naomi; RASOOLY, Avraham. Staphylococcal enterotoxins. International journal of food microbiology, v. 61, n. 1, p. 1-10, 2000. DAI, Jingsha et al. Prevalence and characterization of Staphylococcus aureus isolated from pasteurized milk in China. Frontiers in microbiology, v. 10, p. 641, 2019. 

FONSECA, Luís Fernando Laranja da; SANTOS, Marcos Veiga dos. Qualidade do leite e controle de mastite. 2001. RENHE, Isis RT. O papel do leite na nutrição. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 63, n. 363, p. 36-43, 2008.

SOUZA, Marshal Vieira; REIS, Cleômenes; PIMENTA, Fabiana Cristina. Revisão sobre a aquisição gradual de resistência de Staphylococcus aureus aos antimicrobianos. Revista De Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, v. 34, n. 1, 2005.

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